QUEM SOMOS E NO QUE CREMOS.

"E todos continuavam firmes, seguindo os ensinamentos dos apóstolos, vivendo em amor cristão, partindo o pão juntos e fazendo orações."
Atos 2.42 NTLH

Somos um grupo de pessoas que amando a Deus e uns aos outros decidiu se reunir semanalmente na cidade de Itajaí-SC. Nossos encontros acontecem nas casas ou em outros ambientes informais.
Primamos pela alegria e informalidade, aspectos próprios do viver comunitário e daquela expressão viva da igreja do primeiro século.

Desejamos viver como igreja orgânica, isto é, um corpo formado por pessoas e dons diversos, mas ligadas ao mesmo Deus e Palavra. Nessa diversidade temos a liberdade de expressar nossas habilidades para a glória do Senhor.

Somos um grupo simples, que não está preocupado com a institucionalização das formas e práticas. Acreditamos que o verdadeiro culto acontece na vida, no nosso ir e vir diário, e que os encontros coletivos são apenas uma parte desse viver em adoração (ver Jo 4.20-24).

Somos um grupo aberto àquelas pessoas que desejarem nos conhecer e viver a vida cristã sem uma roupagem formal e religiosa, mas cheia de vida e paz.

domingo, 2 de outubro de 2011

Quem é sua igreja?

Por Augusto Guedes


Cada vez mais me fascina essa pergunta, embora não encontre quem a faça andando por aí, quer nos meios chamados seculares ou religiosos. Talvez porque, apesar de concordarmos com o fato de que igreja são pessoas, infelizmente nos acostumamos a olhar para ela como organizações, doutrinas, processos, métodos, causas, estilos ou culturas religiosas, modelos, denominações, estruturas, e, é claro, prédios.

Muito mais do que identificar uma localidade geográfica onde os “fiéis” se reúnem; ou um credo ou conjunto de crenças e valores; ou uma determinada denominação que traduza aspectos comportamentais e/ou doutrinários; ou mesmo uma causa a ser defendida e propagada; responder à pergunta: “quem é sua igreja?” requer o desenvolvimento de relacionamentos saudáveis e seguros, pautados na prática de princípios cristãos, unidos pelo reconhecimento de Jesus como o Senhor e Redentor, e pelo propósito de glorificar o Pai.

Outro dia encontrei minha igreja em Curitiba, ao ser acolhido por um casal amigo em sua casa. Também na viagem até lá, quando juntos, eu, Aninha, e outro casal de irmãos queridos passamos quase dez horas para chegar a partir de São Paulo, face um enorme engarrafamento provocado por um acidente. Há cerca de dez anos, um grupo de amigos se reuniu conosco em São Paulo para orar por nossa família num momento de grande dificuldade. Na mesma época, em Natal, fomos acolhidos de forma singular por uma família que nos trouxe ânimo. Nunca esqueci! Recentemente, em Brasília, minha igreja nos pegou no aeroporto para, em apenas algumas poucas horas, conhecer a cidade, dentro de um carro apertado pelo número de pessoas e movido pela alegria e pelo prazer do reencontro... Foi só parar para comer e o ‘repartir vida’ já começou a acontecer. Aconteceu também, outro dia, com uma amiga que veio de Goiânia a trabalho. E porque não lembrar, de quando encontrei a minha igreja em Belo Horizonte, Guarapari, Ponta de Mangue-AL, Paudalho-PE, várias outras vezes em São Paulo, Recife ou Fortaleza, cidade onde moro, nas mais diferentes situações e ocasiões, algumas difíceis e tristes, outras alegres e encorajadoras, porém, sempre marcadas por momentos fortes que confirmam laços de amor traduzidos em acolhimento, amizade, respeito, valorização da vida e do ser, e busca pelo desfrute da companhia do Pai, por sermos de uma mesma família.

Aliás, é na espontaneidade de como se encontra uma família que tenho aprendido a me reunir com a minha igreja mais freqüente nos últimos anos, alguns que habitualmente se encontram nas casas uns dos outros, para simplesmente “ser igreja”, sem obrigações religiosas e nem programações prévias, quando nos edificamos mutuamente no exercício espontâneo e natural dos dons, no compartilhar da vida, do alimento à mesa, do relacionamento com a Palavra, dos conselhos recíprocos, das orações uns pelos outros, dos cânticos entoados em louvor a Jesus, do partir do pão e beber do vinho para relembrar a Sua morte e celebrar a vida que n´Ele há. Tendo por referenciais aqueles que mais inspiram a caminhada no evangelho, normalmente os mais ‘rodados’, tudo isso, sem nenhuma pretensão de, em seguida, instituir algo, ou de revolucionar nada. Apenas como uma família de amigos, que juntos buscam seguir a Jesus, amar os outros e viver o Reino de Deus.

Afinal, "uma boa conversa é um processo em que cada um dá vida ao outro e sentido para continuar, celebrar juntos, ficar tristes juntos e inspirar um ao outro" (menção no livro ‘Oração’, de Henri Nouwen)

Com isso, o prazer pelo envolvimento mútuo vai crescendo, a ponto de desejarmos nos encontrar também em outros momentos do cotidiano, como ambientes de trabalho, restaurantes, lanchonetes, viagens, sítios, praias, ou seja, “no caminho”... o que pode gerar inúmeras possibilidades de edificação da igreja, fazendo-nos, inclusive, enxergá-la com outros olhos, a ponto de, na perspectiva bíblica e real, podermos não só vislumbrar, mas, mais facilmente responder à pergunta: “quem é sua igreja?”.

Nesse aspecto, parece que o homem natural busca essa ‘igreja’ que inspira o abrir do coração, possibilitando valorizar o ser e a segurança de relacionamento, a ponto de encher os bares das ruas no disfarce de tomar uma cerveja, ou os “templos” das religiões no anseio de encontrar respostas. Não sabe ele que essa ‘igreja’ pode estar além desses dois ambientes. Na realidade, em qualquer lugar onde aqueles que são selados com o Espírito de Deus estiverem para “curar, ministrar, salvar, quebrantar os corações, proclamar libertação, e consolar todos os que choram”.

Mas não será que também necessitamos dessa igreja?... Quem são aqueles com quem conseguimos uma conexão tal a ponto de juntos desfrutarmos da presença do Pai, quer nas coisas simples do cotidiano, quer na complexidade dos nossos enganosos corações, numa relação de amizade segura e envolvimento mútuo? Quem são aqueles a quem podemos pedir orações, na certeza de que estarão comprometidos em fazê-lo? Com quem sentimos liberdade para orar livremente? Com quem podemos ser quem realmente somos? Com quem conseguimos conversar sobre os nossos pecados sem o medo de sermos de alguma forma condenados? Quem está disposto a nos acolher com graça, e vive-versa? Com quem estamos dispostos a dividir parte do nosso dinheiro, se necessário for? Com quem sabemos que podemos contar nos momentos de dor e sofrimento? Quem está disposto a manter laços de relacionamentos que independem do tempo, da distância, das diferenças de pensamentos, ou daquilo que representamos ou podemos realizar? Com quem sentimos prazer em estar para viver a vida com o propósito comum de glorificar o Pai? Com quem desejamos e conseguimos desenvolver laços de envolvimento e afeto mútuos, como de uma família? Quem é sua família espiritual? Quem é sua igreja?


Augusto Guedes é pernambucano, nascido em família cristã evangélica,
fundador do Instituto Ser Adorador (ISA), e participa liderando
uma comunidade de discípulos que se reúne
principalmente nos lares, na cidade de Fortaleza-CE.

2 comentários:

Anônimo disse...

Amados Ir. em Cristo, a Paz do Eterno!!!!
Somos seguidores de Vocês, algum problema em seguir-nos também? Ah! Também colocamos em Nosso Blog um LINK de Redirecionamento à Página de vocês!

Ir. Leandro Poubel
Rio de Janeiro
umnovoodre.blogspot.com

Anônimo disse...

O ICP (Instituto Cristão de Pesquisas) tem Acusado e Classificado os Irmãos como Seita.
Veja Artigo(Revisado): "Heresias de Witness Lee? Acusações do ICP" em UmNovoOdre.BlogSpot.com que expõe as mesmas, a Fonte que originou estas acusações e o Responsável pelo mesmo, tratando cada uma delas de forma Imparcial.
Acesse Já!

Ir. Leandro Poubel
UmNovoOdre.BlogSpot.com
osirmaosnacidaderj.com.br