QUEM SOMOS E NO QUE CREMOS.

"E todos continuavam firmes, seguindo os ensinamentos dos apóstolos, vivendo em amor cristão, partindo o pão juntos e fazendo orações."
Atos 2.42 NTLH

Somos um grupo de pessoas que amando a Deus e uns aos outros decidiu se reunir semanalmente na cidade de Itajaí-SC. Nossos encontros acontecem nas casas ou em outros ambientes informais.
Primamos pela alegria e informalidade, aspectos próprios do viver comunitário e daquela expressão viva da igreja do primeiro século.

Desejamos viver como igreja orgânica, isto é, um corpo formado por pessoas e dons diversos, mas ligadas ao mesmo Deus e Palavra. Nessa diversidade temos a liberdade de expressar nossas habilidades para a glória do Senhor.

Somos um grupo simples, que não está preocupado com a institucionalização das formas e práticas. Acreditamos que o verdadeiro culto acontece na vida, no nosso ir e vir diário, e que os encontros coletivos são apenas uma parte desse viver em adoração (ver Jo 4.20-24).

Somos um grupo aberto àquelas pessoas que desejarem nos conhecer e viver a vida cristã sem uma roupagem formal e religiosa, mas cheia de vida e paz.

quarta-feira, 17 de abril de 2013

"Em Secreto"


E seu Pai, que vê o que é feito em secreto, o recompensará” (Mt 6.4)

 
Interessante observarmos como questões cruciais do dia a dia, são tratadas na perspectiva divina. Sobretudo aquelas que geralmente ganham maior destaque, quando as pessoas tentam demonstram publicamente sua fé. Notemos por exemplo, como Jesus expõe o tema das “esmolas” e a “oração”. Em ambos os casos, o Mestre, difere completamente das praticas adotadas pelos religiosos.

Em relação ao compartilhar doações (“esmolas”), os religiosos faziam questão de demonstrar o que doavam, quanto doavam e como doavam. A princípio, o foco não era o suprimento dos necessitados, mas, a “piedade” dos doadores. Com isto, eles julgavam estar agradando a Deus. Esta é tendência humana. Todavia, Jesus deixou claro que as fanfarrices religiosas não demonstram o verdadeiro espírito da fé cristã. O cristão deve compartilhar de forma anônima: “Quando você der esmola, não anuncie isso com trombetas...” (Mt 6.2); “... Que sua mão esquerda não saiba o que está fazendo a direita” (Mt 6.3).

No caminho do evangelho de Jesus, compartilhar com os necessitados, está longe de ser uma abertura para a proclamação publica ou estratégia de marketing para arrecadação de mais recursos, muito menos justificativa para quaisquer outras questões. Trata-se apenas da expressão singela do amor cristão, sem nenhuma prerrogativa de barganha ou coisa similar.

Outro tema relevante nessa questão é a abordagem feita por Jesus, sobre o tema da oração. Neste caso, a ênfase é muito maior. Enquanto os religiosos daqueles dias, e os atuais persistem em fazer da oração uma das principais expressões exteriores de sua “fé”, o Mestre ensina o oposto: “E quando vocês orarem, não sejam como os hipócritas” (Mt 6.5). Sua proposta foi a não imitação da pratica religiosa, porque o que eles faziam trazia louvores a si próprios e não a Deus.

Jesus nunca tratou a oração como um ato de exibição de poder ou pretensa promoção pessoal. Para ele, oração era intimidade pessoal, descrita numa relação tão estreita quanto a de pai e filho. É um convite ao secreto: “... vá para o seu quarto, feche a porta...” (Mt 6.6), à pessoalidade e ao anonimato. Não há necessidade de gritos, muito menos de se preocupar com o tempo ou com as absurdas listas de pedidos. Basta se achegar a Ele, sabendo que “o Pai vê em secreto”.

O ensino de Jesus simplifica muitas coisas que os religiosos complicam. A religiosidade humana vive tão imersa em valores e praticas triunfalistas, exibicionistas e carnais, a ponto de considerar espiritual, coisas que o evangelho desconsidera. Nesse mundo de tantas instituições, “lideres”, “modelos” e manifestações publicas; as palavras do Sermão do Monte precisam ecoar entre os eleitos de Deus. Não podemos nos curvar àquilo que não expressa genuinidade cristã, muito menos aos ritos e vícios religiosos.

Aceitemos o chamado à simplicidade, caminhando como anônimos, fugindo dos holofotes das instituições religiosas e seus inúmeros apelos. O foco divino é o nosso coração. Ele sabe o que nos motiva, e desconsidera nossas ações, quando o exterior sobrepõe o “secreto”.

Riva

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